quarta-feira, 22 de junho de 2016

Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos

IPeC – Instituto de Pesquisas Cananéia
"Desde o segundo semestre de 2015, o IPeC – Instituto de Pesquisas Cananéia vem realizando atividades de monitoramento em diversas praias entre a Ilha do Cardoso, Ilha Comprida e Barra do Ribeira. O trabalho faz parte do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), que é uma atividade desenvolvida para o atendimento da condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da PETROBRAS de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Pólo Pré-Sal da Bacia de Santos. O projeto é conduzido pelo IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis e tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos. Diariamente, os monitores do IPeC percorrem mais de 100 km de praias, para estudar a causa da morte de alguns animais e resgatar animais vivos que estejam debilitados, levando-os para o centro de reabilitação provisoriamente instalado em Cananéia. Para o desenvolvimento deste trabalho o IPeC conta, também, com a participação da população que, através do 0800.642.3341, pode entrar em contato em caso de animais feridos serem encontrados nas praias da Região. O IPeC solicita à comunidade que para sua saúde e segurança não tentem tocar, transportar ou aquecer os animais sem instruções dos biólogos e veterinários responsáveis."

Ordenamento da pesca de emalhe na APA Marinha do Litoral Sul

Texto: Samuel Balanin e Letícia Quito / APA Marinha Litoral Sul - Fundação Florestal
Foi recém-aprovada pela Secretaria de Meio Ambiente (SMA), uma proposta de ordenamento da pesca que utiliza redes de emalhe nos limites da Área de Proteção Ambiental Marinha do Litoral Sul (APAMLS). O objetivo principal é organizar a atividade, visando sua sustentabilidade, por meio da separação de áreas de pesca de acordo com o porte das embarcações. A elaboração desta proposta começou em 2009, após demanda apontada pelos pescadores que relatavam haver conflitos pelo uso do espaço e grande pressão sobre os recursos pesqueiros. Diante desse cenário, diversas discussões do Conselho Gestor e da Câmara Temática de Pesca geraram uma proposta que passou por consultas públicas com os pescadores artesanais e industriais, que tiveram a oportunidade de sugerir ajustes e complementações à proposta. No total, ocorreram cinco reuniões nos munícipios de Cananeia, Ilha Comprida e Iguape, com participação de cerca de 150 pescadores. No ano de 2012, foi publicada uma norma federal (INI MMA/MPA nº 12 de 22 de agosto de 2012) que regrou a pesca de emalhe nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, fazendo com que a proposta de ordenamento da APAMLS tivesse que ser revisada para não entrar em conflito a norma federal. Assim, ao longo dos últimos anos, a proposta foi então adequada de acordo com a norma federal, analisada pelo Instituto de Pesca, avaliada pela Assessoria Jurídica da Fundação Florestal, encaminhada para a Consultora Jurídica da SMA e, finalmente, retornou à gestão da APAMLS em abril de 2016 com parecer favorável à sua publicação na forma de Resolução Estadual. Os próximos passos são o envio da Resolução para publicação e a ampla divulgação da norma para o setor pesqueiro. Para mais informações, ligue: (13) 3851-1108 ou escreva para: apamarinhals@fflorestal.sp.gov.br.

Ação social, comunidade jongueira e bazar!

Liliana Soares
“Tiduca é Educar” é uma nova ação social realizada pela Associação Grupo Cultural Tiduca em parceria com a Rede Municipal de Ensino. No dia dois de junho, quinta-feira, através de um convite feito pela Professora Alexandra Aparecida Almeida, o integrante da Associação, Daniel Rodrigues, realizou atividades de recreação com as crianças da educação infantil da EMEI e Creche Jardim Encantado, no bairro Acaraú. No dia dez de junho, sexta-feira, integrantes da Associação, que fazem parte da Comunidade Jongueira Tiduca, fizeram uma apresentação de Jongo na Comunidade Quilombola do Mandira – Cananéia/SP. Essa apresentação fez parte do cronograma da Festa de Santo Antônio 2016, realizada durante os dias dez, 11, 12 e 13 de junho. Os jovens envolvidos no Projeto "Comunidade Negra do Rocio – Redescobrindo nossas Raízes Jongueiras", se juntaram à Comunidade Jongueira Tiduca para dançar ao som do tambú e abrilhantar ainda mais a apresentação. E no dia 11 de junho, sábado, foi realizado no Centro de Conveniência do Idoso de Cananéia – CCI, no bairro Acaraú, o “Bazar da Tiduca”, tendo início às 9h, com fila na porta, sendo considerado um sucesso. Em breve, outros serão realizados. E para o mês de julho, muitas ações e eventos com a marca Tiduca estão por vir. No dia 15, Festa de Um Ano de Jongo (Terreirão do Rocio) e no dia 16, XI Arraiá Tiduca (Praça Theodolina Gomes – Tiduca).

Resgate Cultural do Peixe Seco na Enseada da Baleia

Unidos pela Tradição e Respeitando o Meio Ambiente
O peixe seco é uma técnica tradicional, usada pela Enseada da Baleia há mais de 150 anos. Por não ter energia elétrica essa era a única alternativa de conservação do produto, o peixe era comprado das outras comunidades e feito o processamento na Enseada, onde abastecia o Vale do Ribeira e outros Estados, chegando a ser exportado o produto para o Japão. Em 2010 Malaquias, líder comunitário e empreendedor do processo de produção e comercialização, faleceu, com isso a renda da comunidade caiu, os jovens foram embora em busca de trabalho, a comunidade passou por um processo muito difícil de conseguir se adaptar àquela nova situação. Então, em 2010 as mulheres da comunidade iniciaram um trabalho de artesanato, as capacitações, e a Economia Solidária proporcionaram à comunidade conhecimento para que outra maneira de gestão pudesse acontecer, o Grupo de artesanato foi crescendo, dando oportunidade para todas as mulheres, e outras frentes de trabalho começaram a aderir essa nova maneira de trabalhar, baseadas na valorização do trabalho e gestão compartilhada. Em 2015 a Comunidade escreveu o projeto do ProAC – Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo para resgatar o peixe seco e foi contemplada para realizar a melhoria da comercialização, intercâmbio e estrutura para o Grupo. Hoje, as mulheres da Comunidade compram a produção de seus maridos e pescadores da comunidade vizinha (Vila Rápida), escaldam, secam e comercializam, o processamento e o gerenciamento do recurso gerado são feitos pelas mulheres do Grupo. O desenvolvimento e o fortalecimento são nítidos na Comunidade, quando as habilidades são valorizadas, somadas ao respeito, ao trabalho e à união da Comunidade.